Será que o tráfego pago realmente vale a pena? Se você já se perguntou isso, posso adiantar que sim, vale a pena. Mas, assim como qualquer estratégia de marketing, algumas particularidades devem ser observadas.
Se você é empresário e tem essa dúvida ou então já investiu em tráfego pago e não obteve retorno satisfatório, continue a leitura deste artigo. Além de explorarmos mais o que é tráfego pago, irei revelar 3 erros que você não deve cometer para não perder dinheiro com ele.
O que é tráfego pago?
Tráfego pago é o termo que designa o tráfego na internet originado em ações de anúncios publicitários pagos para aparecerem em mídias online, tais como Google, redes sociais (Facebook, Instagram, TikTok), YouTube, sites parceiros, etc. Tráfego, por sua vez, são os visitantes que chegam até o site da sua empresa ou seu e-commerce.
Resumidamente, em plataformas específicas que as empresas de mídia online disponibilizam, são criados anúncios. Neles, os anunciantes definem seu investimento que será ativado quando um usuário ver essa publicidade. Além disso, as empresas também conseguem definir algumas características dos usuários para que seu anúncio seja exibido para determinado grupo de pessoas (faixa etária, localização, etc.).
O investimento em tráfego pago se tornou uma das principais formas de publicidade adotada pelas empresas brasileiras, uma vez que o marketing digital é a estratégia de crescimento escolhida por 94% delas.
Mas vale ressaltar que o tráfego pago é apenas uma das estratégias de marketing que uma empresa pode adotar. Além dos formatos tradicionais offline, existem diversas estratégias que não exigem pagamento para a publicação do material (apesar de obviamente terem um custo para sua produção).
A seguir vamos ver o que diferencia o tráfego pago do tráfego orgânico.
Entenda a diferença entre tráfego pago e tráfego orgânico
Basicamente o que diferencia o tráfego pago do orgânico é que, enquanto o primeiro exige um investimento da empresa para que seu anúncio seja visto por mais pessoas, o tráfego orgânico pressupõe uma exposição natural do usuário na dinâmica das mídias online.
Como vimos anteriormente uma empresa, ao investir em tráfego pago, paga para que alguns perfis de usuários sejam expostos ao seu anúncio. Já o tráfego orgânico pressupõe estratégias para que o usuário chegue até um canal da sua empresa (site, perfil em rede social) de forma autônoma, atraído por algo que desperte o seu interesse.
Existem diversas formas de conquistar tráfego orgânico como blog, SEO (otimização de mecanismos de busca) , e-mail marketing, redes sociais, etc. Já os anúncios do tráfego pago, por sua vez, vão direcionar o usuário para um canal que a empresa desejar (site, contato direto para WhatsApp, etc.).
Vale a pena investir em tráfego pago?
Essa é uma pergunta que muitos empresários fazem. Além disso, já ouvi relatos de muitos empreendedores dizendo que anunciaram, mas perderam dinheiro, ou seja, não tiveram o retorno esperado.
O fato é que, como qualquer forma de publicidade, o tráfego pago exige alguns cuidados estratégicos. Não basta apenas colocar anúncios para rodar. Se você fizer isso, muito provavelmente o tráfego pago não valerá a pena, pois trará resultados muito abaixo da expectativa.
Entretanto, eu sou um defensor do tráfego pago, pois ele traz resultados e de forma rápida. Ao contrário do tráfego orgânico, que também traz resultados, mas a longo prazo e talvez em um número menor.
Sendo assim, saiba que o tráfego pago irá valer a pena se a sua empresa observar a maneira como está aplicando esta estratégia. Por isso, a seguir, você verá o que NÃO fazer para não perder dinheiro com o tráfego pago.
Não cometa esses erros em tráfego pago
Existem 3 coisas muito importantes que devem ser observadas quando uma empresa aplica uma estratégia de tráfego pago. Porém, muitos empresários nem mesmo sabem que podem cometer esses erros.
Por isso, nos próximos tópicos iremos explorar o que deve ser considerado na hora de fazer o tráfego pago na sua empresa.
1- Público certo
O primeiro passo para uma estratégia de anúncio funcionar é saber quem é seu público-alvo. Se a sua empresa não tiver clareza quanto a isso será muito difícil atingir um público qualificado com seu anúncio.
Quanto menos aderente ao perfil de público ideal para o seu negócio, menos pessoas irão clicar no anúncio e as que clicarem dificilmente irão converter. Isso devido ao fato de que a sua oferta não é de fato interessante para esse usuário.
Uma vez que a forma de realizar o tráfego pago permite selecionar características dos usuários, como vimos anteriormente, as que forem selecionadas precisam fazer sentido para a sua empresa e produto/serviço. Para exemplificar, imagine que seu produto seja high-ticket. Não é uma boa estratégia selecionar público com faixa de renda de R$ 1.500,00, por exemplo.
Como defino o público-alvo?
Pesquisa e estudo é que irá definir com exatidão seu público-alvo. Considere o seu nicho de atuação e seus fatores sociais e culturais. É importante que você entenda o impacto da sua solução (ou seja, do produto ou do serviço) na vida de quem o adquire. O efeito na vida do cliente diz muito sobre quem gostaria de tê-lo.
Veja também características demográficas do público, como localização, faixa etária, faixa de renda, escolaridade, etc. Você pode contratar relatórios caso seja pertinente para ter acesso a dados mais amplos.
Ainda falando sobre o impacto da sua solução, estude as preferências das pessoas que desejam o benefício do seu produto/serviço, do que não gostam, quais lugares frequentam, como buscam por soluções e informações. Isso lhe dará uma referência de como encontrá-los e como impacta-los.
Veja um exemplo de características de público-alvo:
- Gênero: feminino
- Idade: 25 – 40 anos
- Nível de escolaridade: Superior completo
- Renda mensal: R$ 5.000,00 a R$ 10.000,00
- Localização: cidade de Goiânia
- Interesse: Exercícios físicos e bem-estar
Veja mais: Entenda a diferença entre público-alvo e persona
2 – Fonte de tráfego
Se você imagina que qualquer mídia online tem o mesmo resultado nas ações de marketing, recomendo que você reveja essa ideia. Um dos motivos que mais refletem em baixo resultado nas campanhas de tráfego pago é o investimento na fonte de tráfego errada.
Entenda que fonte de tráfego são os canais que você anuncia. Se você anunciar em uma mídia que não é adequada a seu público e também a sua solução, mesmo atingindo uma audiência grande, a qualificação dessas pessoas em relação ao seu negócio é baixa. Com isso, as conversões serão baixas também.
Entenda a diferença entre as mídias online
Para exemplificar vamos considerar o Google Search (uma das possibilidades de anúncio no Google) e o Instagram. O anúncio no Google Search, de forma resumida, é aquele que é ativado quando um usuário procura pela palavra-chave que você selecionou na campanha de anúncio. O Instagram, por suas vez, mostra ao usuário aqueles “posts” com a sinalização de patrocinado.
A grande diferença entre essas duas fontes de tráfego é o objetivo do usuário ao utilizá-las. Perceba que quando você usa o Instagram, o objetivo na maior parte das vezes é entretenimento. Assim, o público não está buscando pelo seu produto ou serviço.
Porém, você pode anunciar no Instagram para despertar um desejo do consumidor ou criar uma necessidade (que talvez nem ele mesmo já tenha cogitado).
Por outro lado, a intenção no Google é bastante clara e direta: procuramos por respostas para algo que precisamos ou queremos saber mais. Por exemplo: posso sofrer com dores nas costas e procurar no Google: “tratamento para dores nas costas”. Um quiropraxista pode anunciar essa palavra-chave e atingir um público que precisa de uma solução, mas que nem mesmo tinha conhecimento desta possibilidade.
3 – Mensagem
Outro fator determinante é a mensagem utilizada no tráfego pago, ou seja, o que está sendo transmitido para a audiência. A mensagem transmitida em seu anúncio deve ser adequada ao nível de consciência do consumidor. Será este nível que irá definir a mensagem.
Imagine que a comunicação do seu anúncio explore o preço do seu produto. Ao mesmo tempo, imagine o consumidor do nível inconsciente, que não sabe que tem o problema que seu produto resolve. Ele dificilmente irá clicar em seu anúncio, pois ele entende que não precisa daquilo, independentemente se é caro ou barato.
Neste caso o anúncio deve explorar uma mensagem que mostre a esse consumidor que ele precisa do seu produto para conquistar determinados benefícios ou então eliminar alguma situação, mas sem necessariamente fazer uma oferta. Neste artigo você poderá entender melhor sobre níveis de consciência e como se comunicar com o consumidor em cada um deles.
Você conseguiu perceber como esses 3 pontos são importantes para o sucesso de uma campanha de tráfego pago? Sem dúvida, o tráfego pago tem muitos benefícios, mas é preciso estar atento à estratégia para não perder dinheiro com ele.
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